A Add Ventures, spin-off do Softbank para investimentos em early stage, acaba de liderar uma rodada de US$ 12 milhões na mexicana Plerk. Acionistas já na base da startup, como Magma Companions, 500 Startups, MGV Capital, e anjos que incluem fundadores da Rappi, Frubana e Troura, acompanharam. O valuation não foi revelado.
As conversas da gestora comandada pelo brasileiro Rodrigo Baer com a startup de benefícios flexíveis começaram em março, às vésperas da reconfiguração do negócio do Softbank na América Latina. “Começamos a nos falar em março e com a mudança na operação acabou demorando um pouco mais do que pretendíamos para fechar a rodada”, conta Baer. “Vemos grande potencial nesse negócio e nos empreendedores.”
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A Plerk foi fundada por Miguel Medina – o Mike -, Ángel Arias e Jose Antonio Martínez, fundador da empresa de video games dPeluChe e da Sensait, uma tecnologia para laboratórios médicos. Medina e Arias compunham a equipe de expansão da Rappi – um dos unicórnios descobertos por Baer na época de Softbank.
Após uma série de viagens a trabalho, a dupla deixou o app de supply no fim de 2019 para criar a Isibit, uma plataforma de viagens corporativas para melhorar um serviço que usufruíam no dia a dia e viam pontos de melhora. Mas além de dar de frente com a pandemia, a Isibit não convencia os investidores. Foi quando os empreendedores entraram no programa de aceleração da Y Combinator que repensaram o modelo de negócios, “pivotando” para formar a Plerk.
“Estávamos apaixonados pelo produto e não pelo problema. Foi então que minha esposa teve uma questão de saúde por estresse e vimos que o problema period como as pessoas se sentiam no trabalho, como a relação com as empresas e a vida dos funcionários poderia ser melhor, mais feliz”, diz Medina.
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Com a pandemia, o modelo de trabalho e a relação com as empresas mudaram, avalia o empreendedor. “E achamos que period a melhor oportunidade de mudar o jeito que as companhias dão benefícios aos funcionários, o que no México nunca foi uma grande coisa nas empresas além do vale-alimentação”, diz. Na Plerk, o cartão recarregável inclui mais de 100 produtos e serviços que vão de telemedicina e bem-estar a educação e entretenimento – a brasileira Gympass, por exemplo, está plugada na Plerk.
O capital da Add vai ajudar a startup a se consolidar no México, onde a Plerk já tem mais de 400 empresas clientes, com 40 mil usuários de seu cartão e mais de US$ 3 milhões transacionados. Ainda que a expansão seja paulatina, a própria dinâmica do mercado de trabalho já levou a empresa à Colômbia e ao Chile.
“Montamos a plataforma no México e quando o primeiro cartão foi acionado vimos que period de um funcionário no Chile, o segundo na Colômbia e só o terceiro no próprio México”, conta Medina, sobre o movimento que surpreendeu os sócios. O Brasil ainda não está nos planos de curto prazo, dadas especificidades regulatórias de benefícios native – e por aqui a concorrência aumentou, com startups como Flash e Caju na atuação do modelo flexível.
A a Plerk vai buscar o breakeven no mercado de origem. “A companhia ainda não é rentável, por isso está levantando capital para crescer, mas tem economics tremendous saudáveis”, diz Baer.